Quando a Democracia tem os ombros largos,
Numa análise simples e ao alcance de todos, é fácil chegar à conclusão de que, só os adeptos da má-fé, por um lado, e os deficientes mentais, por outro, é que não reconhecem nem a extrema gravidade da situação socioeconómica que Portugal atingiu, após três décadas de “Democracia”, nem as verdadeiras razões que levaram vergonhosamente este país, outrora rico, a um ponto de quase não retorno, do tipo terceiro-mundista, onde florescem as denominadas repúblicas das bananas. Aliás, essa triste constatação já ultrapassou as fronteiras nacionais, tendo, como consequências negativas directas, um forte recuo dos investimentos estrangeiros, tão importantes para um normal e saudável desempenho de uma economia de mercado, como é o caso da economia portuguesa.
É claro que o caos actual em que se encontram respectivamente: as finanças públicas, a Justiça e a Saúde, entre outras numerosas Instituições estatais, que regem e controlam a sociedade no seu todo, só pode beneficiar aqueles que têm grande responsabilidade por este lamentável estado de coisas a que o país chegou, pela simples razão de que, do caos instalado, nasce a impunidade na qual estes responsáveis podem continuar a enriquecer às custas de uma nação de contribuintes reféns do sistema implantado pelos seus hábeis mentores.
O meio utilizado para atingir este fim, é tão simplesmente a forma como hoje se faz política, eficazmente transformada numa ciência meticulosamente elaborada por uma classe de chamados políticos, cujo perfil é cada vez mais igual para todos e que, em vez de se colocarem, humilde e orgulhosamente, ao serviço de toda uma nação e do seu povo, escolheram, sem pudor algum, essa via, para melhor poderem atingir, segura e rapidamente, os procurados proveitos pessoais, materiais e não só.
As armas de que dispõem esses todo-poderosos políticos, são, além do poder legislativo, de uma certa forma manipulado para melhor favorecer a classe dos governantes e respectivas tropas, o controlo total e omnipresente sobre a sociedade, seus agentes económicos, a criação de novos impostos e o regular aumento dos já existentes, a atribuição a si próprios de uma privilegiada imunidade, o recurso a uma cada vez mais maior arrogância, que serve, além de desviar as atenções, para disfarçar a incompetência generalizada, geradora de flagrantes abusos de poder e outros erros profundos verificados no exercício dos cargos públicos. Aliás, quantos políticos já foram condenados pelos tribunais nacionais por delapidação de património, por erros e omissões, incompetência, burla, ou ainda corrupção, compadrio e enriquecimento pessoal ilícito?
Curiosamente, enquanto qualquer cidadão contribuinte tem que obedecer cegamente ao poder político e à sua alargada máquina estatal, responder civil e criminalmente pelos erros e omissões por si cometidos, pagar juros de mora e suportar outras obrigações em que o Estado tem sempre e invariavelmente a última palavra, os todo-poderosos deste país, estão isentos de prestar contas decorrentes das suas funções, em muitos casos recebem vencimentos e prémios escandalosamente elevados e dificilmente justificados, e tudo isso, numa gritante e inexplicável impunidade que divide a sociedade em duas partes distintas: os cidadãos de “primeira” e os de “segunda”.
O que custa entender, é a aparentemente inquebrável passividade com a qual os cidadãos de “segunda” vivem e sofrem amargamente na pele os efeitos secundários da existência de filhos por um lado e de enteados, por outro.
Tudo na vida, incluindo a própria vida, tem um fim, lógico e natural. Por isso, pode-se perguntar, com toda a legitimidade, até quando o povo, composto pelos tais cidadãos de “segunda”, irá aceitar, surda e pacificamente, as condições de permanente sacrifício, de miséria, de injustiça e de discriminação por parte dos referidos cidadãos de “primeira”?
Mas afinal, para que servem os ditos senhores políticos, eterna e limitadamente acantonados entre uma esquerda e uma direita, senão para gastar demasiado tempo, demasiado dinheiro e energias para se insultarem reciprocamente e guerrearem-se uns aos outros, em vez de, num claro e imprescindível interesse nacional, apresentarem propostas inteligentes e soluções viáveis, supostas reverterem em benefício de todos e aplicá-las em honra de uma nação, hoje perigosamente carente de competências, de seriedade, de dedicação desinteressada, de altruísmo, de transparência e de um verdadeiro sentido de Estado? Olhando para o nosso passado colectivo e o presente, como não ter medo do futuro?
Se, de uma forma geral, os muitos milhares de empresas privadas, todas elas geridas por gestores qualificados e tecnicamente formados e preparados, criam os preciosos empregos, como também criam as riquezas que sustentam, nomeadamente, o próprio Estado e seus respectivos e numerosos “servidores”, com os seus omnipresentes impostos directos e indirectos, multas, coimas, taxas, juros e outras imposições, porque não proceder de igual forma com os demais serviços do Estado, substituindo progressivamente os senhores ditos políticos, por profissionais qualificados, tanto na sua formação moral como técnica? O excesso de amadorismo está a asfixiar lenta e seguramente o país.
Enquanto não se tomar este tipo de medidas drásticas, para o bem de todos, os ditos senhores políticos continuarão a intensificar as suas acções de propaganda barata, invadindo, para o efeito, os canais públicos e privados de televisão, as emissoras de rádios e as redacções dos jornais diários, semanários e outros, para enganar e distrair o povo daquilo que é realmente importante. Ou seja, a prosperidade do país e respectiva qualidade de vida das suas martirizadas, manipuladas e sacrificadas populações que, com o seu suor e esforços permanentes, sustentam, contra a sua vontade, uma classe de privilegiados que perpetua, cínica e insolentemente, a sua permanência no poder, apesar de estarem comprovadas escandalosas situações de incompetência no exercício das funções atribuídas, a existência infelizmente crescente de um clima generalizado de corrupção activa e passiva, de compadrios tendentes a garantir a distribuição de altos cargos bem remunerados a elementos da mesma tendência politica, em vez de escolherem e nomearem elementos de comprovada idoneidade e inquestionável competência profissional.
Em nome de quê, estes senhores e donos, usam e abusam do luxuoso e privilegiado património arquitectónico pertença de todos, se deslocam, com motoristas particulares, em carros de luxo invariavelmente de alta cilindrada, sempre novos ou recentes, auferem vencimentos, regalias, prémios e regime de reformas diametralmente opostos aos praticados na sociedade civil, não raras vezes se posicionam acima da lei, suposta ser igual para todos?
Na verdade, estes senhores políticos, todos iguais independentemente da sua cor partidária, são os verdadeiros responsáveis directos pela visível desorganização da sociedade civil e respectivo descalabro financeiro que, gradual e inexoravelmente, empobreceu o país ao longo das últimas décadas, apesar dos muitos milhões de milhões recebidos em ajudas comunitárias. O povo, pelo seu lado, também tem a sua parte de responsabilidade, a de ter permitido, cobarde e silenciosamente, que os políticos se apoderassem de tudo e mais alguma coisa, em prejuízo desse mesmo povo, agora cansado, desacreditado, desanimado, empobrecido e endividado.
Em conclusão, se optamos por rejeitar essa bem estranha forma de Democracia e ambicionamos legar aos nossos filhos um país onde sabe bem viver, com justiça, igualdade de direitos e de oportunidades para todos, então, importa cada um tomar as suas responsabilidades, fazer uso da sua coragem, exercitar o seu sentimento de plena solidariedade e arregaçar as mangas com eficácia e determinação. Uma das formas de o povo interferir pacificamente no seu destino, é, por um lado, boicotar as eleições, único meio que legitima os políticos nos lugares do poder, e por outro, suspender, sine dia, a alimentação dos cofres do Estado e dos seus servidores, fazendo uma greve ilimitada ao pagamento de qualquer importância monetária em benefício das repartições de finanças. Não há tribunais que resistam a tamanha avalancha de processos.
Numa análise simples e ao alcance de todos, é fácil chegar à conclusão de que, só os adeptos da má-fé, por um lado, e os deficientes mentais, por outro, é que não reconhecem nem a extrema gravidade da situação socioeconómica que Portugal atingiu, após três décadas de “Democracia”, nem as verdadeiras razões que levaram vergonhosamente este país, outrora rico, a um ponto de quase não retorno, do tipo terceiro-mundista, onde florescem as denominadas repúblicas das bananas. Aliás, essa triste constatação já ultrapassou as fronteiras nacionais, tendo, como consequências negativas directas, um forte recuo dos investimentos estrangeiros, tão importantes para um normal e saudável desempenho de uma economia de mercado, como é o caso da economia portuguesa.
É claro que o caos actual em que se encontram respectivamente: as finanças públicas, a Justiça e a Saúde, entre outras numerosas Instituições estatais, que regem e controlam a sociedade no seu todo, só pode beneficiar aqueles que têm grande responsabilidade por este lamentável estado de coisas a que o país chegou, pela simples razão de que, do caos instalado, nasce a impunidade na qual estes responsáveis podem continuar a enriquecer às custas de uma nação de contribuintes reféns do sistema implantado pelos seus hábeis mentores.
O meio utilizado para atingir este fim, é tão simplesmente a forma como hoje se faz política, eficazmente transformada numa ciência meticulosamente elaborada por uma classe de chamados políticos, cujo perfil é cada vez mais igual para todos e que, em vez de se colocarem, humilde e orgulhosamente, ao serviço de toda uma nação e do seu povo, escolheram, sem pudor algum, essa via, para melhor poderem atingir, segura e rapidamente, os procurados proveitos pessoais, materiais e não só.
As armas de que dispõem esses todo-poderosos políticos, são, além do poder legislativo, de uma certa forma manipulado para melhor favorecer a classe dos governantes e respectivas tropas, o controlo total e omnipresente sobre a sociedade, seus agentes económicos, a criação de novos impostos e o regular aumento dos já existentes, a atribuição a si próprios de uma privilegiada imunidade, o recurso a uma cada vez mais maior arrogância, que serve, além de desviar as atenções, para disfarçar a incompetência generalizada, geradora de flagrantes abusos de poder e outros erros profundos verificados no exercício dos cargos públicos. Aliás, quantos políticos já foram condenados pelos tribunais nacionais por delapidação de património, por erros e omissões, incompetência, burla, ou ainda corrupção, compadrio e enriquecimento pessoal ilícito?
Curiosamente, enquanto qualquer cidadão contribuinte tem que obedecer cegamente ao poder político e à sua alargada máquina estatal, responder civil e criminalmente pelos erros e omissões por si cometidos, pagar juros de mora e suportar outras obrigações em que o Estado tem sempre e invariavelmente a última palavra, os todo-poderosos deste país, estão isentos de prestar contas decorrentes das suas funções, em muitos casos recebem vencimentos e prémios escandalosamente elevados e dificilmente justificados, e tudo isso, numa gritante e inexplicável impunidade que divide a sociedade em duas partes distintas: os cidadãos de “primeira” e os de “segunda”.
O que custa entender, é a aparentemente inquebrável passividade com a qual os cidadãos de “segunda” vivem e sofrem amargamente na pele os efeitos secundários da existência de filhos por um lado e de enteados, por outro.
Tudo na vida, incluindo a própria vida, tem um fim, lógico e natural. Por isso, pode-se perguntar, com toda a legitimidade, até quando o povo, composto pelos tais cidadãos de “segunda”, irá aceitar, surda e pacificamente, as condições de permanente sacrifício, de miséria, de injustiça e de discriminação por parte dos referidos cidadãos de “primeira”?
Mas afinal, para que servem os ditos senhores políticos, eterna e limitadamente acantonados entre uma esquerda e uma direita, senão para gastar demasiado tempo, demasiado dinheiro e energias para se insultarem reciprocamente e guerrearem-se uns aos outros, em vez de, num claro e imprescindível interesse nacional, apresentarem propostas inteligentes e soluções viáveis, supostas reverterem em benefício de todos e aplicá-las em honra de uma nação, hoje perigosamente carente de competências, de seriedade, de dedicação desinteressada, de altruísmo, de transparência e de um verdadeiro sentido de Estado? Olhando para o nosso passado colectivo e o presente, como não ter medo do futuro?
Se, de uma forma geral, os muitos milhares de empresas privadas, todas elas geridas por gestores qualificados e tecnicamente formados e preparados, criam os preciosos empregos, como também criam as riquezas que sustentam, nomeadamente, o próprio Estado e seus respectivos e numerosos “servidores”, com os seus omnipresentes impostos directos e indirectos, multas, coimas, taxas, juros e outras imposições, porque não proceder de igual forma com os demais serviços do Estado, substituindo progressivamente os senhores ditos políticos, por profissionais qualificados, tanto na sua formação moral como técnica? O excesso de amadorismo está a asfixiar lenta e seguramente o país.
Enquanto não se tomar este tipo de medidas drásticas, para o bem de todos, os ditos senhores políticos continuarão a intensificar as suas acções de propaganda barata, invadindo, para o efeito, os canais públicos e privados de televisão, as emissoras de rádios e as redacções dos jornais diários, semanários e outros, para enganar e distrair o povo daquilo que é realmente importante. Ou seja, a prosperidade do país e respectiva qualidade de vida das suas martirizadas, manipuladas e sacrificadas populações que, com o seu suor e esforços permanentes, sustentam, contra a sua vontade, uma classe de privilegiados que perpetua, cínica e insolentemente, a sua permanência no poder, apesar de estarem comprovadas escandalosas situações de incompetência no exercício das funções atribuídas, a existência infelizmente crescente de um clima generalizado de corrupção activa e passiva, de compadrios tendentes a garantir a distribuição de altos cargos bem remunerados a elementos da mesma tendência politica, em vez de escolherem e nomearem elementos de comprovada idoneidade e inquestionável competência profissional.
Em nome de quê, estes senhores e donos, usam e abusam do luxuoso e privilegiado património arquitectónico pertença de todos, se deslocam, com motoristas particulares, em carros de luxo invariavelmente de alta cilindrada, sempre novos ou recentes, auferem vencimentos, regalias, prémios e regime de reformas diametralmente opostos aos praticados na sociedade civil, não raras vezes se posicionam acima da lei, suposta ser igual para todos?
Na verdade, estes senhores políticos, todos iguais independentemente da sua cor partidária, são os verdadeiros responsáveis directos pela visível desorganização da sociedade civil e respectivo descalabro financeiro que, gradual e inexoravelmente, empobreceu o país ao longo das últimas décadas, apesar dos muitos milhões de milhões recebidos em ajudas comunitárias. O povo, pelo seu lado, também tem a sua parte de responsabilidade, a de ter permitido, cobarde e silenciosamente, que os políticos se apoderassem de tudo e mais alguma coisa, em prejuízo desse mesmo povo, agora cansado, desacreditado, desanimado, empobrecido e endividado.
Em conclusão, se optamos por rejeitar essa bem estranha forma de Democracia e ambicionamos legar aos nossos filhos um país onde sabe bem viver, com justiça, igualdade de direitos e de oportunidades para todos, então, importa cada um tomar as suas responsabilidades, fazer uso da sua coragem, exercitar o seu sentimento de plena solidariedade e arregaçar as mangas com eficácia e determinação. Uma das formas de o povo interferir pacificamente no seu destino, é, por um lado, boicotar as eleições, único meio que legitima os políticos nos lugares do poder, e por outro, suspender, sine dia, a alimentação dos cofres do Estado e dos seus servidores, fazendo uma greve ilimitada ao pagamento de qualquer importância monetária em benefício das repartições de finanças. Não há tribunais que resistam a tamanha avalancha de processos.