A vida, tal qual a conhecemos, pode naturalmente ser interpretada de formas diferentes e que variam, consoante ouvimos as explicações de um antropólogo, um químico, um religioso, um militar, uma cidadão comum, um poeta, ou ainda um criminoso.
Cada um tem, de acordo com a sua ascendência, cultura, crença e fé, ou modo de vida, uma opinião formada sobre as origens desta vida, as razões e os porquê da sua existência e finalidade na Terra, assim como no Cosmos.
Todavia a maioria, senão mesmo a unanimidade dos que estiverem interessados em analisar tão empolgante tema, deverão estar de acordo, quando se diz que a vida aparece envolta em mistérios e complexidade, aos olhos de quem se esforça para entendê-la, como poderá parecer simples e fácil, na óptica de quem se limita apenas e tão só a alinhar os dias que vive, uns atrás dos outros.
No entanto, haverá certamente para ambos, um sentimento comum de deslumbramento perante a própria existência da vida, o que ela proporciona ao Homem, de bom, de útil, como de enigmático, mas cujo encanto ajuda a ultrapassar os referidos conceitos de complexidade e de simplicidade.
Por ter sido abençoada pelo seu carácter, tão único como insubstituível, essa vida que recebemos e vivemos, merece justificadamente, da parte de todos, além de uma natural admiração e um incondicional respeito, a firme obrigação e o dever de ser embelezada, quanto mais melhor, para que a mesma, por sua vez, venha embelezar o Homem e torná-lo realmente feliz.
A vida, este milagre da mãe natureza, tem nas suas múltiplas e por vezes estranhas formas de representação, um ponto comum que une equitativamente todas elas. Independentemente da sua natureza e da sua finalidade, cada uma tem, sem excepções, um nascimento, um desenvolvimento e um fim. Uma indesmentível justiça que coloca todas as espécies vivas num terreno de perfeita igualdade, para a satisfação de uns e o compreensível desagrado ou indiferença de outros.
O que separa as visões individuais de uns e interpretações diversas de outros, relativamente a essa noção de justiça, resume-se afinal a uma mera questão de filosofia e de sensibilidade pessoal de cada um.
Esta verdade, não se reduz à limitada individualidade do SER e dos seus caprichos, ela é a própria essência do carácter intrínseco da vida, na sua dimensão universal.
Se tivermos consciência da verdadeira insignificância da Terra e do Homem, quando confrontados com a incomensurável e desconhecida dimensão do Cosmos, dificilmente conseguimos entender a permanente postura de arrogância e de agressividade a que o Homem tem recurso, para melhor se afirmar perante si, como também e sobretudo perante os outros.
A espécie humana, sendo apenas mais uma forma de vida, no meio de tantos milhões de outras espécies, deveria ter abnegação e percepção suficientes, que lhe permitissem reconhecer e aceitar essa sua autêntica insignificância, para poder colocar-se finalmente no seu exacto e devido lugar, ao lado das outras espécies, numa posição de justificada igualdade e irmandade, em vez de se confinar a uma permanente e lamentável atitude de cobarde superioridade, de onde extraí um poder absolutista de vida e de morte sobre elas, incluindo sobre a o seu semelhante, exemplar da mesmíssima espécie.
Curiosamente, na extensa diversidade das formas de vida criadas pela mãe natureza, algumas delas extraem, da inelutável morte de outras espécies, o indispensável sustento que lhes garante a continuação da sua própria vida.
Até prova em contrário, parece que a espécie humana não se encontra inserida nessa estranha programação natural. Podemos todavia fazer votos, enquanto se mantém inalterada essa programação, para que, o próprio Homem, este SER permanentemente atarefado em tudo reformular, nunca consiga alterar a presente situação de equilíbrio.
Por outro lado, embora pareça uma incongruência, dificilmente se pode falar da vida, sem falar da morte, mesmo compreendendo e aceitando o medo natural que a morte inspira ao comum dos mortais ! Medo, principalmente por duas razões :
A primeira, devido ao facto que a morte significa inelutavelmente, o fim, derradeiro e definitivo da vida, salvo provas irrefutáveis em contrário.
A segunda, porque, apesar da promessa teológica da imortalidade da alma dos crentes, o Homem, este animal inteligente que se orgulha de saber, entender e dominar tudo, ou quase, desconhece por inteiro, se por detrás dessa morte, existirá, ou não, uma certa forma de continuação da existência da entidade humana.
Podemos até admitir que, os que já faleceram e que aqui saudamos carinhosamente, soubessem responder a tão animada e legítima especulação, com factos e argumentos. O problema, é que tanto quanto se sabe, uma vez aberta a porta da mansão da morte e fechada essa mesma porta logo após a nossa passagem para o além, não se conhecem provas circunstanciais de um potencial ou hipotético regresso ao mundos dos vivos ! A vida é assim mesmo !
O peso consequente de tal consideração, tem que ter pelo menos uma arrebatadora virtude, a de incitar e convencer o Homem, a cuidar conveniente e qualitativamente da sua postura de SER, enquanto albergar e desfrutar da vida e dos seus incontornáveis prazeres, que a mãe natureza generosamente lhe deu.
A vida, por muito extraordinária e encantadora que seja, é, e sempre será, uma dadiva temporária, o infinitamente mais precioso presente que o Homem poderia sonhar receber. Por isso, e só por isso, a vida merece ser vivida, encaminhada e acarinhada com muito amor e com muito respeito, de todos. Eis um humilde apelo.
Saibamos estar orgulhosamente à altura desta oferta, única, em Honra da natureza e em Honra da própria vida, também única e passageira...
Cada um tem, de acordo com a sua ascendência, cultura, crença e fé, ou modo de vida, uma opinião formada sobre as origens desta vida, as razões e os porquê da sua existência e finalidade na Terra, assim como no Cosmos.
Todavia a maioria, senão mesmo a unanimidade dos que estiverem interessados em analisar tão empolgante tema, deverão estar de acordo, quando se diz que a vida aparece envolta em mistérios e complexidade, aos olhos de quem se esforça para entendê-la, como poderá parecer simples e fácil, na óptica de quem se limita apenas e tão só a alinhar os dias que vive, uns atrás dos outros.
No entanto, haverá certamente para ambos, um sentimento comum de deslumbramento perante a própria existência da vida, o que ela proporciona ao Homem, de bom, de útil, como de enigmático, mas cujo encanto ajuda a ultrapassar os referidos conceitos de complexidade e de simplicidade.
Por ter sido abençoada pelo seu carácter, tão único como insubstituível, essa vida que recebemos e vivemos, merece justificadamente, da parte de todos, além de uma natural admiração e um incondicional respeito, a firme obrigação e o dever de ser embelezada, quanto mais melhor, para que a mesma, por sua vez, venha embelezar o Homem e torná-lo realmente feliz.
A vida, este milagre da mãe natureza, tem nas suas múltiplas e por vezes estranhas formas de representação, um ponto comum que une equitativamente todas elas. Independentemente da sua natureza e da sua finalidade, cada uma tem, sem excepções, um nascimento, um desenvolvimento e um fim. Uma indesmentível justiça que coloca todas as espécies vivas num terreno de perfeita igualdade, para a satisfação de uns e o compreensível desagrado ou indiferença de outros.
O que separa as visões individuais de uns e interpretações diversas de outros, relativamente a essa noção de justiça, resume-se afinal a uma mera questão de filosofia e de sensibilidade pessoal de cada um.
Esta verdade, não se reduz à limitada individualidade do SER e dos seus caprichos, ela é a própria essência do carácter intrínseco da vida, na sua dimensão universal.
Se tivermos consciência da verdadeira insignificância da Terra e do Homem, quando confrontados com a incomensurável e desconhecida dimensão do Cosmos, dificilmente conseguimos entender a permanente postura de arrogância e de agressividade a que o Homem tem recurso, para melhor se afirmar perante si, como também e sobretudo perante os outros.
A espécie humana, sendo apenas mais uma forma de vida, no meio de tantos milhões de outras espécies, deveria ter abnegação e percepção suficientes, que lhe permitissem reconhecer e aceitar essa sua autêntica insignificância, para poder colocar-se finalmente no seu exacto e devido lugar, ao lado das outras espécies, numa posição de justificada igualdade e irmandade, em vez de se confinar a uma permanente e lamentável atitude de cobarde superioridade, de onde extraí um poder absolutista de vida e de morte sobre elas, incluindo sobre a o seu semelhante, exemplar da mesmíssima espécie.
Curiosamente, na extensa diversidade das formas de vida criadas pela mãe natureza, algumas delas extraem, da inelutável morte de outras espécies, o indispensável sustento que lhes garante a continuação da sua própria vida.
Até prova em contrário, parece que a espécie humana não se encontra inserida nessa estranha programação natural. Podemos todavia fazer votos, enquanto se mantém inalterada essa programação, para que, o próprio Homem, este SER permanentemente atarefado em tudo reformular, nunca consiga alterar a presente situação de equilíbrio.
Por outro lado, embora pareça uma incongruência, dificilmente se pode falar da vida, sem falar da morte, mesmo compreendendo e aceitando o medo natural que a morte inspira ao comum dos mortais ! Medo, principalmente por duas razões :
A primeira, devido ao facto que a morte significa inelutavelmente, o fim, derradeiro e definitivo da vida, salvo provas irrefutáveis em contrário.
A segunda, porque, apesar da promessa teológica da imortalidade da alma dos crentes, o Homem, este animal inteligente que se orgulha de saber, entender e dominar tudo, ou quase, desconhece por inteiro, se por detrás dessa morte, existirá, ou não, uma certa forma de continuação da existência da entidade humana.
Podemos até admitir que, os que já faleceram e que aqui saudamos carinhosamente, soubessem responder a tão animada e legítima especulação, com factos e argumentos. O problema, é que tanto quanto se sabe, uma vez aberta a porta da mansão da morte e fechada essa mesma porta logo após a nossa passagem para o além, não se conhecem provas circunstanciais de um potencial ou hipotético regresso ao mundos dos vivos ! A vida é assim mesmo !
O peso consequente de tal consideração, tem que ter pelo menos uma arrebatadora virtude, a de incitar e convencer o Homem, a cuidar conveniente e qualitativamente da sua postura de SER, enquanto albergar e desfrutar da vida e dos seus incontornáveis prazeres, que a mãe natureza generosamente lhe deu.
A vida, por muito extraordinária e encantadora que seja, é, e sempre será, uma dadiva temporária, o infinitamente mais precioso presente que o Homem poderia sonhar receber. Por isso, e só por isso, a vida merece ser vivida, encaminhada e acarinhada com muito amor e com muito respeito, de todos. Eis um humilde apelo.
Saibamos estar orgulhosamente à altura desta oferta, única, em Honra da natureza e em Honra da própria vida, também única e passageira...
2 comentários:
good!!!!
A vida pode ser extraordinariamente bela e preciosa, pena que esse milagre não se revele a todos dessa maneira, pois por vezes é bem difícil e espinhosa.
Por isso é bom ler um texto como este para nos chamar à “razão”. O ser temporária não é muito importante. O que faz a diferença é a maneira como ela é vivida. Num ponto, como em tantos outros, estamos de acordo: só com muito “AMOR”, através das suas variadas formas, é possível ultrapassar os obstáculos e realizar esse milagre de harmonia, com tudo e todos, o que infelizmente só está acessível a alguns eleitos. É bom existirem pessoas que se preocupam com os outros e que tornam os dias (e as noites) mais agradáveis e verdadeiras. Obrigada.
A.S.
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