O verdadeiro cataclismo financeiro, que, em primeira mão, afectou grande parte das principais instituições americanas especializadas na alta finança, levanta as mais sérias dúvidas sobre os fundamentos do sistema financeiro, na sua forma actual, assim como, nos instrumentos de controlo, federais e governamentais, supostos garantir um funcionamento exemplar.
Assim, face à assustadora sucessão de falências verificada em autênticos impérios financeiros, sejam eles bancos ou seguradoras, importa reflectirmos sobre alguns pontos que parecem essenciais na compreensão dos acontecimentos, de maneira a permitir que o cidadão anónimo, também possa tirar as suas próprias conclusões :
(1) Tornou-se imprescindível para as autoridades americanas encontrarem e divulgarem publicamente as origens exactas e geradoras desta derrocada institucional, de proporções ainda desconhecidas.
(2) Informarem as populações em geral, sobre as consequências a curto, médio e longo prazo para a economia mundial, no seu conjunto, (empresas e particulares).
(3) Decidirem quais as medidas, inteligentes e duradoiras que, com caracter de urgência, deverão ser tomadas para, de um lado, tentar minimizar o mais possível o desastroso efeito dominó verificado em diversos sectores da economia americana assim como além fronteiras e por outro, criar as condições sólidas, que, garantidamente, impedirão que, no interesse geral, tais aberrações venham a repetir-se no futuro.
(4) Utilizarem todos os meios possíveis para conseguir o apuramento das responsabilidades, consequente julgamento e punição dos verdadeiros culpados, independentemente dos nomes e lugares que desempenharam na hierarquia destes impérios e instituições.
(5) Reunir o maior número de especialistas à escala mundial, para, juntos, aplicarem uma terapia, para sarar uma doença que não se limita exclusivamente à economia americana.
Curiosamente, mais uma vez, as raízes dessa gravíssima crise são americanas, como já foi o caso na bolsa de Wall Steet, Nova Iorque em 1929 e têm por origem, um país que, porventura, ocupa o primeiro lugar na economia do mundo (por enquanto), pois a China e Índia estão progredindo a passos de gigante, como também, num país que se arroga o direito de querer ser o patrão e o polícia do mundo, sem que nenhum outro consiga, nem controlá-lo, nem intimidá-lo, até hoje.
Parece evidente que a primeira causa deste cataclismo se encontra nas próprias bases do actual sistema, dito capitalista.
Sabendo que a criação, edificação, administração e controlo do referido sistema é de origem humana, importa perguntarmo-nos se o Homem terá criado essa engenharia financeira a pensar no posterior proveito próprio, ou se, por falhas do mesmo sistema, o Homem arquitectou sabiamente planos, para tirar proveito das suas falhas. (caso não sejam as duas).
Além das “falhas técnicas” que, agora, tardiamente, estão a ser investigadas pelo FBI, houve erros graves quanto ao persistente aumento das taxas de juros, que tornavam insustentável a amortização dos créditos concedidos, sem falar da ausência de critérios sérios, que permitiram conceder créditos a clientes que não ofereciam as indispensáveis garantias, por insuficiência de solvabilidade. (subprime). É claro, que a própria (FED) Reserva Federal americana, tal como as autoridades governamentais daquele país, também têm a sua enorme quota parte de responsabilidade, nas premissas da actual crise, ou melhor, deste cataclismo financeiro. Por cá, a Euribor atinge recordes de altura, ainda nunca vistos e ninguém faz nada !
Em qualquer dos casos, no coração deste sistema financeiro, existem instituições e práticas (bolsas e acções), que foram criadas a pensar exclusivamente no estranho fenómeno da especulação, capaz num curto espaço de tempo, de propiciar ganhos ou perdas de proporções incomensuráveis, sem todavia interferir de forma alguma com qualquer criação de riqueza (PIB), suposta beneficiar a sociedade em geral !
Como explicar, que pelo simples jogo de bastidores, a cargo de meros especuladores, determinadas empresas, acções ou produtos (ex: petróleo), possam vir a valorizar ou desvalorizar drasticamente no espaços de horas, sem que as referidas empresas ou produtos, tenham sofrido alterações capazes de justificar essas variações que se cifram rapidamente em milhões ?
Como explicar, que pelo jogo “sujo”, exclusivamente ditado pela ganância incontrolada e desmedida de alguns, seja possível prejudicar milhares ou milhões de pessoas, na suas qualidades de: clientes, reformados, aforradores, proprietários imobiliários, etc, etc, ao ponto de perderem parte ou tudo daquilo que tinham confiado a este sistema financeiro e para ao qual trabalharam uma vida inteira? De facto, como, tão poucos, podem arruinar tantos outros, em tão pouco tempo?
Que faltará ainda acontecer de grave, de mais grave, de dramático, de assombroso, para que, Homens dignos desse nome, venham mudar de vez as regras que sustentam aquele ultrapassado e moribundo sistema ?
Quem defende e quem irá compensar as numerosas e inocentes vítimas destes falsos financeiros, criminosos sem escrúpulos, que só ouvem os seus baixos impulsos, tremenda e limitadamente egoístas ??
Como será possível, que a existência de fraudes em tão grande escala e à luz do dia, tenham transformado as bases que sempre sustentaram estes impérios financeiros, em incríveis pés de barro que os fizeram ruir, num piscar de olhos ?
Porque razão, a história da humanidade demonstra que são sempre e eternamente as maiorias, a serem vítimas de minorias ?
A palavra final : Antes deste cataclismo, eram alguns a enriquecer por excesso de ganância e de ambições pessoais. Uma vez a bolha rebentada, são milhões a pagar a factura. Só faltava agora que os corruptos do sistema fizessem vencer a impunidade !
Assim, face à assustadora sucessão de falências verificada em autênticos impérios financeiros, sejam eles bancos ou seguradoras, importa reflectirmos sobre alguns pontos que parecem essenciais na compreensão dos acontecimentos, de maneira a permitir que o cidadão anónimo, também possa tirar as suas próprias conclusões :
(1) Tornou-se imprescindível para as autoridades americanas encontrarem e divulgarem publicamente as origens exactas e geradoras desta derrocada institucional, de proporções ainda desconhecidas.
(2) Informarem as populações em geral, sobre as consequências a curto, médio e longo prazo para a economia mundial, no seu conjunto, (empresas e particulares).
(3) Decidirem quais as medidas, inteligentes e duradoiras que, com caracter de urgência, deverão ser tomadas para, de um lado, tentar minimizar o mais possível o desastroso efeito dominó verificado em diversos sectores da economia americana assim como além fronteiras e por outro, criar as condições sólidas, que, garantidamente, impedirão que, no interesse geral, tais aberrações venham a repetir-se no futuro.
(4) Utilizarem todos os meios possíveis para conseguir o apuramento das responsabilidades, consequente julgamento e punição dos verdadeiros culpados, independentemente dos nomes e lugares que desempenharam na hierarquia destes impérios e instituições.
(5) Reunir o maior número de especialistas à escala mundial, para, juntos, aplicarem uma terapia, para sarar uma doença que não se limita exclusivamente à economia americana.
Curiosamente, mais uma vez, as raízes dessa gravíssima crise são americanas, como já foi o caso na bolsa de Wall Steet, Nova Iorque em 1929 e têm por origem, um país que, porventura, ocupa o primeiro lugar na economia do mundo (por enquanto), pois a China e Índia estão progredindo a passos de gigante, como também, num país que se arroga o direito de querer ser o patrão e o polícia do mundo, sem que nenhum outro consiga, nem controlá-lo, nem intimidá-lo, até hoje.
Parece evidente que a primeira causa deste cataclismo se encontra nas próprias bases do actual sistema, dito capitalista.
Sabendo que a criação, edificação, administração e controlo do referido sistema é de origem humana, importa perguntarmo-nos se o Homem terá criado essa engenharia financeira a pensar no posterior proveito próprio, ou se, por falhas do mesmo sistema, o Homem arquitectou sabiamente planos, para tirar proveito das suas falhas. (caso não sejam as duas).
Além das “falhas técnicas” que, agora, tardiamente, estão a ser investigadas pelo FBI, houve erros graves quanto ao persistente aumento das taxas de juros, que tornavam insustentável a amortização dos créditos concedidos, sem falar da ausência de critérios sérios, que permitiram conceder créditos a clientes que não ofereciam as indispensáveis garantias, por insuficiência de solvabilidade. (subprime). É claro, que a própria (FED) Reserva Federal americana, tal como as autoridades governamentais daquele país, também têm a sua enorme quota parte de responsabilidade, nas premissas da actual crise, ou melhor, deste cataclismo financeiro. Por cá, a Euribor atinge recordes de altura, ainda nunca vistos e ninguém faz nada !
Em qualquer dos casos, no coração deste sistema financeiro, existem instituições e práticas (bolsas e acções), que foram criadas a pensar exclusivamente no estranho fenómeno da especulação, capaz num curto espaço de tempo, de propiciar ganhos ou perdas de proporções incomensuráveis, sem todavia interferir de forma alguma com qualquer criação de riqueza (PIB), suposta beneficiar a sociedade em geral !
Como explicar, que pelo simples jogo de bastidores, a cargo de meros especuladores, determinadas empresas, acções ou produtos (ex: petróleo), possam vir a valorizar ou desvalorizar drasticamente no espaços de horas, sem que as referidas empresas ou produtos, tenham sofrido alterações capazes de justificar essas variações que se cifram rapidamente em milhões ?
Como explicar, que pelo jogo “sujo”, exclusivamente ditado pela ganância incontrolada e desmedida de alguns, seja possível prejudicar milhares ou milhões de pessoas, na suas qualidades de: clientes, reformados, aforradores, proprietários imobiliários, etc, etc, ao ponto de perderem parte ou tudo daquilo que tinham confiado a este sistema financeiro e para ao qual trabalharam uma vida inteira? De facto, como, tão poucos, podem arruinar tantos outros, em tão pouco tempo?
Que faltará ainda acontecer de grave, de mais grave, de dramático, de assombroso, para que, Homens dignos desse nome, venham mudar de vez as regras que sustentam aquele ultrapassado e moribundo sistema ?
Quem defende e quem irá compensar as numerosas e inocentes vítimas destes falsos financeiros, criminosos sem escrúpulos, que só ouvem os seus baixos impulsos, tremenda e limitadamente egoístas ??
Como será possível, que a existência de fraudes em tão grande escala e à luz do dia, tenham transformado as bases que sempre sustentaram estes impérios financeiros, em incríveis pés de barro que os fizeram ruir, num piscar de olhos ?
Porque razão, a história da humanidade demonstra que são sempre e eternamente as maiorias, a serem vítimas de minorias ?
A palavra final : Antes deste cataclismo, eram alguns a enriquecer por excesso de ganância e de ambições pessoais. Uma vez a bolha rebentada, são milhões a pagar a factura. Só faltava agora que os corruptos do sistema fizessem vencer a impunidade !